"Devemos ter muito cuidado ao adquirir uma nova casa, pois ninguém pode saber os estranhos mistérios que podem estar guardados em seu interior, mesmo no último quarto!"
O Relato a seguir descreve os acontecimentos que envolvem um desses terríveis mistérios!
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Apesar dos nomes terem sido alterados a história que irei contar é verdadeira.
Por volta do ano 2000, uma amiga minha (vamos chamá-la de Joana) e a sua
família se mudaram para uma casa de quatro quartos em Belo Horizonte (MG).
A primeira
vez que eu a visitei a casa nova, ela me mostrou a casa toda, menos o último
quarto do corredor.
Depois de mais algumas visitas eu achei estranho o fato de
ela ainda não me mostrar este último quarto, e achei estranho a porta dele estar
sempre fechada.
Eu perguntei sobre ele para ela, e ela me falou que os pais dela
não queriam que ninguém entrasse naquele quarto e que ele ficava sempre
trancado.
Eu achei que eles deviam guardar algum cofre lá e não queriam que
ninguém soubesse, depois disso nunca dei muita importância para o quarto.
Em uma noite a Joana me pediu para dormir na casa dela, porque os pais dela iam
viajar e ela não queria ficar sozinha.
Quando eu estava dormindo lá eu acordei
no meio da noite com vontade de ir ao banheiro.
O banheiro ficava no fim do
corredor em frente ao quarto que ficava sempre trancado.
Eu tive que andar bem
devagar pelo corredor, já que estava completamente escuro e eu não estava vendo
nada.
Quando eu cheguei no banheiro, eu fiquei ali parada por um tempo, procurando
pelo interruptor da luz.
Então do nada eu escutei uma voz, bem baixinha e
distante.
Eu fiquei parada lá por alguns instantes, tentando descobrir de onde
estava vindo a voz.
Parecia que estava vindo do quarto na minha frente e eu não
conseguia entender as palavras, mas dava para ver que era a voz de alguém.
Eu
sabia que a Joana e eu éramos as únicas pessoas na casa, então eu achei que podia ser
algum ladrão que tivesse entrado pela janela para roubar algo.
Eu fiquei
completamente apavorada, e então achei o interruptor da luz e acendi ela, e assim que
ela acendeu, a voz desapareceu.
Qando olhei, notei que a porta daquele quarto estava um pouco
aberta, e então eu corri o mais rápido que eu podia pelo corredor, até chegar no quarto
da Joana, e acordei ela.
Nem preciso dizer que eu não conseguia dizer uma
palavra.
Ela tentou me acalmar enquanto eu tentava freneticamente explicar para
ela o que eu tinha ouvido.
Nós ligamos todas as luzes, e procuramos em cada canto da casa, até chegar no
último quarto do corredor.
Quando eu tinha ido ao banheiro, me lembrei de ter visto uma fresta da porta daquele quarto aberta,
mas agora ela estava trancada.
Eu falei isso para a Joana e ela falou que eu
devia estar sonhando.
O meu coração estava batendo acelerado, enquanto a Joana e
eu estávamos paradas na frente da porta.
Então eu falei para ela que não era uma boa
idéia abrir a porta e que devíamos chamar a polícia.
Ela falou que se tivesse um
ladrão lá, quando a polícia chegasse ele já teria ido embora.
Em seguida a Joana tentou abrir a
porta, mas ela estava trancada.
Então nós usamos um cabide na fechadura para conseguir
destrancar a porta.
Eu perguntei por que os pais dela deixavam a porta trancada,
e ela falou que os pais dela não queriam que nenhum dos filhos entrasse lá
dentro daquele quarto, mas não disseram o motivo.
Depois de meia hora tentando, nós conseguimos abrir a porta, entramos e
acendemos a luz.
Imediatamente enquanto eu entrava no quarto eu podia sentir a
minha pele arrepiando toda.
O quarto estava completamente gelado, e dava para ver
a nossa respiração saindo da boca.
O quarto estava quase que completamente
vazio e n ão havia ninguém lá, e também não havia cadeira, cama, mesa, armário,
nada, só o chão acarpetado, uma lâmpada no teto, uma janela, e um pedaço
estranho de pano amarelo com algumas letras orientais (depois descobrimos que
era chinês) vermelhas, posicionado na parede de frente para a janela.
Nenhuma de
nós duas sabia o que estava escrito (não somos chinesas).
"Eu acho que acabamos de ser roubados. Não tem nada aqui!" ela falou.
A coisa
mais estranha era que a janela estava trancada e não havia sinal de que forçaram
a entrada.
O ladrão não poderia ter saído pela porta sem que nós o víssemos.
Na
hora nós chamamos a polícia e quando eles chegaram falaram que o ladrão poderia
ter fugido pela porta da frente.
Nós ficamos muito assustadas para ir dormir.
Então eu e a Joana decidimos ficar acordadas o resto da noite.
Quando e era por volta das 6 da manhã,
quando de repente começamos a ouvir um barulho vindo do quarto do lado do nosso (aquele que estava sempre trancado.
Assustadas, nós duas pulamos da cama e ficamos grudadas uma na outra e a Joana
agarrou a faca que ela tinha pegado na cozinha.
Nós saímos do quarto bem devagar
e fomos ver o que era o barulho.
Misteriosamente nós vimos que todas as portas estavam abertas.
Nós ficamos ainda mais apavoradas, e ao mesmo tempo ficamos imaginando que alguém tinha voltado para a
casa, porque de noite nós tínhamos fechado todas as portas.
Nós entramos no
primeiro quarto (o do irmão dela) e ficamos em choque quando vimos tudo
revirado.
As roupas dele, as revistas, os CDs, tudo.
Ninguém estava lá, mas os
pôsteres na parede estavam todos rasgados, as gavetas estavam no chão e o
colchão dele estava jogado no canto do quarto.
Os outros quartos estavam
revirados do mesmo jeito, e não tinha sido roubo, porque não estava faltando nada.
As portas de entrada da casa estavam trancadas e as janelas também.
Depois daquela noite a Joana ficou na minha casa até os pais dela chegarem de
viagem.
Os pais dela, que eram muito supersticiosos e acreditavam no
sobrenatural, falaram para ela a verdade sobre o último quarto do corredor, o qual
era para ser mantido vazio e não era para ser perturbado.
Eles falaram para ela
que o dono anterior da casa tinha se suicidado e teve uma morte dolorosa naquele quarto.
Antes de saber disso, eles entravam no quarto e ele estaria gelado o ano
inteiro, não importando a estação.
Eles acordavam ouvindo sussurros e uma
respiração pesada no quarto e no corredor.
Os pais dela com medo de assustar os
filhos, não contaram sobre os encontros sobrenaturais e sobre a história da
casa.
O irmão mais novo da Joana uma vez acordou sentindo uma mão gelada no
rosto dele e as vezes ele acordava com umas manchas rochas e indolores pelo corpo
todo, como se tivessem beliscado ele, isso depois que ele pegou escondido a chave dos pais dela e entrou no quarto para ver o que tinha lá dentro.
Um monge budista amigo dos pais dela, falou que era para a porta ficar trancada
o tempo inteiro e não era pra ninguém abri-la.
De vez em quando ele aparecia lá
e colocava os pedaços de pano amarelo na parede do quarto com palavras em
chinês, supostamente para dar paz ao espírito.
A família dela está na casa até
hoje, e tudo fica na paz, contanto que o último quarto do corredor não seja
perturbado e a porta fique sempre trancada.
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Tatiane - Belo Horizonte - MG - Brasil
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